Nasceu aos 10 de setembro de 1923 em São Bernardo do Campo-SP. Com a morte de Dom Felício, o seu Coadjutor Dom Miele assumiu o governo da Arquidiocese. Homem humilde, desapegado, culto, primou pela simplicidade e, soube, a exemplo de Dom Felício, governar rezando e rezar governando. Foi mestre e testemunha, falando de maneira clara e convincente. Promoveu a colegialidade, a corresponsabilidade e a participação tanto no plano arquidiocesano como no âmbito provincial.
Nesta época surgiram o CEARP (Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto), a Casa do Seminarista, as Comunidades Eclesiais de Base, os Cursos de Formação para Leigos e Agentes de Pastoral. Realizou quatro Assembléias Pastorais Arquidiocesanas de 1972 a 1979.
Incentivou a Pastoral Ecumênica, a Pastoral Familiar, a Promoção humana, e dinamizou as reuniões pastorais da Arquidiocese e a Catequese. Em 1978 efetuou convênio entre o CEARP e a Faculdade da Assunção, no Ipiranga.
Dom Miele fraternalmente convidou e acolheu aqui na Arquidiocese, Dom Artur Horsthuis que fôra o 1° Bispo Diocesano de Jales de 1960 a 1968 e que, por motivo de saúde, renunciou. Sendo ele emérito de Jales, veio ser Vigário Episcopal em Ribeirão Preto, de 1972 a 1978. Dom Artur exerceu aqui o Ministério tendo servido nas Paróquias de Cássia dos Coqueiros, Luiz Antônio e São Sebastião em Batatais. Ele faleceu no dia 11 de abril de 1978 na Holanda, onde fôra em tratamento da saúde.
Dom Bernardo José Bueno Miele faleceu no dia 22 de dezembro de 1981. 3° Arcebispo: Dom Frei Felício César da Cunha Vasconcellos, OFM., nasceu em Dores de Camaquã-RS (hoje Vasconcellos) no dia 25 de maio de 1904. Ingressou na Ordem dos Frades Menores (Franciscanos) e foi missionário zeloso nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul de 1945 a 1949. Fôra Bispo de Penedo-AL desde 1949 a 1957. De 1957 a 1965 foi Arcebispo Coadjutor de Florianópolis, SC.
No dia 25 de março de 1965 o Papa Paulo VI nomeou Dom Felício Arcebispo de Ribeirão Preto, tendo tomado posse no dia 19 de junho do mesmo ano. Já enfermo, Dom Felício dedicou todo seu zelo pastoral muito mais na oração em longas vigílias diante do Santíssimo Sacramento, na Capela da Residência episcopal; mas, fez também muitas Visitas pastorais, Crismas e Pregações, presente nas Paróquias da Arquidiocese.
Por motivo de sua saúde abalada, solicitou ao Papa Paulo VI a nomeação de um Coadjutor e foi atendido benignamente. Aqui chegou no dia 3 de abril de 1967 o seu Coadjutor, Dom Bernardo José Bueno Miele, nomeado pelo Papa Paulo VI. Dom Miele era Bispo Auxiliar de Dom Paulo de Tarso Campos, em Campinas, desde 1962.
Ambos trabalharam com muito zelo apostólico, numa convivência fraternal edificante, com humildade, harmonia de pensamentos, deixando-nos verdadeiro testemunho de unidade. Este foi um período de renovação à luz do Concílio Vaticano II.
Foi criado o Serviço de Pastoral Litúrgica; fundado o Conselho Presbiteral; incentivados o Movimento de Cursilhos como instrumento de formação dos leigos e a Pastoral da Juventude. Dom Felício e Dom Miele se esmeraram na preparação para a criação da Diocese de Franca, o que aconteceu em 11 de março de 1971, graças ao Papa Paulo VI. Também aconteceu a criação da Diocese de Barretos, quando a Arquidiocese de Ribeirão Preto cedeu as paróquias de Guaíra, Ipuã, Morro Agudo e Miguelópolis, em 1971.
Sempre se mostrou Dom Felício muito amigo dos Padres; o mesmo aconteceu com seu Coadjutor e depois Arcebispo Metropolitano Dom Miele.
Dom Frei Felício César da Cunha Vasconcellos, OFM faleceu no dia 11 de julho de 1972.
Dom Agnelo faleceu no Brasil aos 21 de maio de 1995.