XIV Concentração de Catequistas da Arquidiocese de Ribeirão Preto reúne 800 catequistas em Serrana

Com o tema: “Catequistas: Peregrinos da Esperança” e a assessoria do padre Vinícius Martins Cestari, aconteceu em 18 de agosto, Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria, a “XIV Concentração de Catequistas da Arquidiocese de Ribeirão Preto”, no Centro de Eventos Nossa Senhora Aparecida, área da paróquia Nossa Senhora das Dores, em Serrana. Às 7h, ao menos 800 catequistas se concentraram na Praça da Matriz Nossa Senhora das Dores para o credenciamento, e em seguida saíram em caminhada até o Centro de Eventos, para o início da missa presidida pelo arcebispo dom Moacir Silva.

Recordação da Vida

O texto da Recordação da Vida lembrou do sentido da Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria, da Vocação para a Vida Religiosa e Consagrada celebrada no terceiro domingo do Mês Vocacional, e da oração por todos os Catequistas. “Com toda Igreja celebramos a Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria. Elevada ao céu de corpo e alma. A Assunção da Virgem é antecipação do que acontecerá com a humanidade fiel ao projeto de Deus e ao seu Filho, Jesus Cristo. Maria é o modelo perfeito de todo crente que diz ‘faça-se’ a vontade do Pai e se compromete com a sua realização. E neste terceiro domingo do mês vocacional, rezamos pelos religiosos e religiosas, os irmãos e irmãs consagrados, que doam suas vidas ao serviço do reino. E nesta XIV Concentração de Catequistas, peçamos sabedoria para continuarmos construindo o Reino de Deus, anunciando a Palavra e testemunhando, no mundo, os valores do Evangelho”.

Homilia

Na homilia o arcebispo agradeceu o serviço e empenho dos catequistas na evangelização e refletiu a liturgia da Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria. “Queridos irmãos e irmãs, catequistas da nossa Igreja Particular de Ribeirão Preto, muito obrigado pelo que vocês são e significam para a nossa arquidiocese. A solenidade da Assunção é um dia de alegria. Deus venceu. O amor venceu. Venceu a vida. Mostrou-se que o amor é mais forte do que a morte. Que Deus tem a verdadeira força e a sua força é bondade e amor. Maria foi elevada ao céu em corpo e alma: também para o corpo existe um lugar em Deus. Para nós o céu já não é uma esfera muito distante e desconhecida. No céu temos uma mãe. E a Mãe de Deus, a Mãe do Filho de Deus, é a nossa Mãe. Ele mesmo o disse. Ele constituiu-a nossa Mãe, quando disse ao discípulo e a todos nós: ‘Eis a tua Mãe!’ No céu temos uma Mãe. O céu está aberto, o céu tem um coração”, explicou dom Moacir.

Dom Moacir ao meditar a Liturgia da Palavra fez referência ao texto do Evangelho (Lc 1,39-56) e realçou o sentido da grandeza e glorificação de Deus em nossas vidas a partir do exemplo de Maria. “No Evangelho ouvimos o Magnificat, esta grande poesia pronunciada pelos lábios, aliás, pelo coração de Maria, inspirada pelo Espírito Santo. Neste cântico maravilhoso reflete-se toda a alma, toda a personalidade de Maria. Podemos dizer que este seu cântico é um retrato, é um verdadeiro ícone de Maria, no qual podemos vê-la precisamente como é. Gostaria de realçar somente dois pontos deste grande cântico. Ele inicia com a palavra ‘Magnificat’: a minha alma ‘engrandece’ o Senhor, ou seja, ‘proclama grande’ o Senhor. Maria deseja que Deus seja grande no mundo, seja grande na sua vida, esteja presente entre todos nós. Não teme que Deus possa ser um ‘concorrente’ na nossa vida, que nos possa tirar algo da nossa liberdade, do nosso espaço vital com a sua grandeza. Ela sabe que, se Deus é grande, também nós somos grandes. A nossa vida não é oprimida, mas elevada e alargada: justamente então torna-se grande no esplendor de Deus”.

Ao finalizar a homilia, o arcebispo revelou que a assunção de Maria e sua proximidade em Deus e com Deus, possibilita sentirmos mais intensamente a presença da Maria como intercessora próxima de cada um de nós. “Maria é elevada em corpo e alma à glória do céu e com Deus e em Deus é rainha do céu e da terra. Porventura, está tão distante de nós? Não. Precisamente porque está com Deus e em Deus, está pertíssimo de cada um de nós. Quando estava na terra podia somente estar perto de algumas pessoas. Estando em Deus, que está próximo de nós, que está no ‘interior’ de todos nós, Maria participa nesta aproximação de Deus. Estando em Deus e com Deus, está perto de cada um de nós, conhece o nosso coração, pode ouvir as nossas orações, pode ajudar-nos com a sua bondade materna e é-nos dada como disse o Senhor como ‘mãe’, à qual podemos dirigir-nos em todos os momentos. Ela escuta-nos sempre, está sempre perto, e sendo Mãe do Filho, participa no poder do Filho, na sua bondade. Podemos confiar sempre toda a nossa vida a esta Mãe, que não está longe de nós. Nesta sua solenidade, damos graças ao Senhor pelo dom da Mãe e rezemos a Maria, a fim de que nos ajude a encontrar o caminho justo todos os dias. Amém. (cf. Bento XVI, homilia na Assunção de Nossa Senhora de 2005)”, concluiu dom Moacir.

Catequistas: Peregrinos de Esperança

O padre Vinícius Martins Cestari, pároco da paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus e assessor do Setor Juventude, assessorou a temática da concentração: “Catequistas: Peregrinos de Esperança” e falou da importância do tema em preparação ao Ano Jubilar 2025. “A ocasião da Concentração Arquidiocesana de Catequistas é sempre uma oportunidade de ressignificar o ‘ser catequista’, de ser grato por este serviço e ministério tão nobre para as nossas comunidades. Meditamos esse ano, motivados pelo Ano da Oração, do Jubileu da Esperança, acerca dos catequistas: peregrinos de esperança. Primeiro é preciso que tomemos consciência de que eles, os Catequistas, são a porta de entrada da Igreja, por isso toda nossa gratidão. E como a esperança, para além de ser uma virtude teologal, ela é fruto do dinamismo do Espírito em nós, quando escutamos o Espírito nós não ficamos parados, estacionados, feito ‘boneco de posto’, que mexe como ninguém, mas não sai do lugar”, frisou o assessor.

O assessor da concentração ainda destacou o sentido da esperança na vida cristã e dos desafios na ação evangelizadora da Igreja. “A esperança não decepciona, não engana, como nos recorda São Paulo nas Cartas aos Romanos, afinal o amor de Deus foi derramado, em dose generosa, em nossos corações pelo Espírito, que com sua presença neste caminhar sinodal, irradia nos crentes a luz da esperança. Por isso, neste peregrinar sinodal, a Igreja deve se preparar para um novo tempo de Evangelização e, como peregrinos, seguimos os passos do Mestre e buscamos construir uma comunidade que acolhe o projeto de Deus. Peregrinos da esperança, porque conscientes e maduros na fé, somos capazes de construir uma comunidade-Igreja, para as novas gerações, que seja fraterna e orante, que caminha, corajosamente junta, sempre perseverante. Os desafios são muitos, e bem sabemos, mas eles não nos tiram a capacidade de sonhar e seguir em frente, nada justifica a cara de ‘descoroçoados’, o desânimo, os murmúrios e reclamações, afinal o que nos move é sempre a Esperança”, finalizou padre Vinícius.

Para a coordenadora da Comissão Arquidiocesana da Animação Bíblico-Catequética, Renata Roque, a concentração de catequistas traz para os catequistas a oportunidade de convivência, comunhão e perseverança na missão. “Em nossa XIV Concentração, celebramos com muita alegria, fé e espiritualidade a vocação de catequista. Foi lindo ver a participação de catequistas de nossa Arquidiocese que ouviram o chamado de Deus e deram o seu SIM verdadeiro. Nossa gratidão também ao padre Vinícius Cestari que nos enriqueceu com sua palestra nos mostrando que somos todos Peregrinos de Esperança”.

www.instagram.com/eaabcarp

Veja também:

Missionários da esperança entre os povos

Neste Ano Jubilar 2025 celebramos o 99º Dia Mundial das Missões. A Campanha Missionária de 2025, coordenada pela Pontifícia Obras Missionárias (POM), traz para reflexão o tema: “Missionários da esperança entre os povos”, escolhido pelo Papa Francisco em sintonia com o Jubileu da Esperança, e o lema: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5)