Fase Arquidiocesana da Implementação do Sínodo no terceiro encontro do ano do Conselho Arquidiocesano de Pastoral

O Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) esteve reunido na manhã de sábado, 16 de agosto, sob a presidência do arcebispo dom Moacir Silva e a coordenação da Comissão da 16ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, para o terceiro encontro de 2025. O encontro ocorreu no Salão Dom Alberto, em Ribeirão Preto, e contou com a participação das seguintes representações: Arcebispo, membros da Comissão da 16ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, Vigários e Leigos Forâneos, e os Coordenadores e Assessores das Pastorais, Movimentos e Serviços Arquidiocesanos. O tema central do encontro refletiu a Fase Arquidiocesana da Implementação do Documento Final do Sínodo dos Bispos (2021-2024): “Por uma Igreja Sinodal, comunhão, participação e missão”, e por último, os Comunicados Pastorais.

Na abertura do encontro, o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, padre Luís Gustavo Benzi, saudou e acolheu os participantes. “Nós vamos dar início, então, a este nosso encontro do Conselho Arquidiocesano de Pastoral. É um encontro de partilha, um encontro de encontro. A gente não pode perder esta perspectiva. Estamos aqui para nos reencontrarmos, trocarmos experiências e, sobretudo, acolhermos aquela que é a nossa proposta de reflexão para este nosso encontro ordinário do conselho”.

A oração inicial, em sintonia com o Mês Vocacional 2025, rezou primeiro a invocação ao Espírito Santo, a Leitura da Palavra de Deus (Mt 9, 35-38), a reza da Dezena Vocacional do Terço em prol das vocações, e o encerramento com a Oração Vocacional.

Acolhida dos Trabalhos

Padre Gustavo fez uma breve apresentação das temáticas a serem desenvolvidas no encontro, principalmente os pontos essenciais para a fase de implementação do Sínodo dos Bispos. “Nós teremos uma apresentação de um tema central que são as pistas para a implementação do Sínodo (2025-2028), um documento que foi publicado agora no mês de julho, dando continuidade aos trabalhos do Sínodo dos Bispos (2021-2024). Por que eu falo que ele vai ser um encontro diferenciado? Geralmente, a gente apresenta o tema, depois a gente faz os nossos momentos de grupo ou de conversa no Espírito ou qualquer coisa relativa à temática propriamente dita. Mas a Comissão da 16ª Assembleia, reunida para preparar também este momento, entendeu que este nosso encontro tem a finalidade de apresentar as pistas, e assim pensar em linhas de ação para que que sejam assimiladas na base”, explicou o coordenador.

Palavra do Arcebispo

O arcebispo dom Moacir Silva fez uma breve apresentação da importância de vivermos bem a fase de implementação do Sínodo na Arquidiocese. Dom Moacir resgatou o contexto histórico da instituição do processo sinodal da Igreja, principalmente as atualizações propostas pelo Papa Francisco, e que estendeu em três fases a aplicação dos resultados do Documento Sinodal. “Porque antes nós tínhamos uma fase de escuta que não era tão longa como previsto aqui, como nós vivemos neste sínodo. E o discernimento que era a assembleia por um sínodo dos ministros, tratava o documento, estudava o chamado lineamento, e depois o Papa publicava a legislação concordando com esse documento. Então, não havia assim uma questão da aplicação. Ficava na cabeça, no coração, na consciência de cada bispo, de cada igreja em particular, é aplicar o sínodo. Mesmo assim, deu muitos frutos com o sínodo que já aconteceu. Bom, então, o sínodo em três fases é fruto deste documento do Papa Francisco”.

Dom Moacir insistiu na necessidade de sermos sinodais a partir do apelo do Papa Francisco: “Diz o Papa, as igrejas locais e os agrupamentos de igrejas são agora chamados a implementar nos diversos contextos as indicações autorizadas contidas no documento através de processos de discernimento e de decisão. Processos de discernimento e de decisão previstos pelo direito e pelo próprio documento final do sínodo. A fase de implementação tem como objetivo experimentar práticas e estruturas renovadas que tornem a vida da igreja cada vez mais sinodal. Para isso precisamos ser sinodais. Em relação aos diáconos, eu preciso de diáconos sinodais, como preciso de padres sinodais, preciso de leigos e leigas sinodais, religiosos e religiosos sinodais. O que torna a igreja, a vida da igreja cada vez mais sinodal a partir da perspectiva global delineada pelo documento final”.

O arcebispo acentuou o sentido de caminharmos juntos na corresponsabilidade na fase de implementação do sínodo. “O primeiro responsável é o bispo, mas depois o documento apresenta também os demais responsáveis, que são os presbíteros e diáconos, nesta linha, os organismos de participação a nível diocesano, como, por exemplo, este nosso conselho, e também a equipe sinodal, que aqui para nós é a equipe da comissão da 16ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Essa equipe sinodal, assim como as demais equipes, o Conselho Presbiteral, o Conselho Arquidiocesano de Pastoral, o Conselho Arquidiocesano de Assuntos Econômicos, eles são laboratórios de sinodalidade. Nessas equipes nós somos convidados a fazer esta experiência de sinodalidade de forma mais completa. E aí eu volto a insistir com vocês na necessidade de cada um de vocês pensar e assimilar a partir da realidade de vocês. Vocês estão aqui representando grupos, não é? Vocês não coordenam esses grupos sozinhos, ou pelo menos não deveria ser assim. A Pastoral Familiar não deveria ser coordenada por uma única pessoa ou um único casal, não é? Estamos responsáveis pela animação, mas não estão sozinhos, ou não deveriam estar sozinhos”.

 

E, dom Moacir finalizou a sua fala reforçando o trabalho da espiritualidade sinodal no processo de trabalho da 16ª Assembleia de Pastoral. “E depois, o documento traz ainda uma última perspectiva que nós estamos entendendo que precisa ser duas coisas. A gente precisa ter entendido que precisam ser muito bem trabalhadas e nesse processo que nós estamos vivendo na nossa 16ª Assembleia de Pastoral nós vamos insistir em trabalhar que é a questão da espiritualidade sinodal, o que é essa espiritualidade sinodal e o sentimento de pertença. Nós estamos perdendo cada vez mais também na igreja e nas nossas comunidades esse sentimento de pertença à igreja, ao grupo. E a fase de implementação destaca isso. Nós precisamos cada vez mais despertar em nós esse sentimento de pertença”, finalizou o arcebispo.

Pistas para a fase de implementação do sínodo (2025-2028)

O padre Luís Gustavo apresentou uma visão panorâmica das “Pistas para a fase de implementação do sínodo (2025-2028)”. Um documento publicado no último mês de julho com orientações e explicações do processo de aplicação do Documento Final do Sínodo nos próximos três anos. Para o padre Gustavo “A fase de implementação tem como objetivo experimentar práticas e estruturas renovadas, que tornem a vida da Igreja cada vez mais sinodal. Trata-se de oferecer às Igrejas locais um quadro de referência comum que facilite o caminhar juntos e promover o diálogo que conduzirá à Assembleia eclesial de outubro de 2028”.

Na sequência, a integrante da 16ª Comissão da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, Vanessa Ribeiro Piantino, apontou os caminhos do estilo sinodal trazidos nas “Pistas para a fase de implementação do sínodo (2025-2028)”. São eles: Processos de Discernimento Eclesial, Processo de Formação para a Sinodalidade, Processos de Experiências de escuta e diálogo nas comunidades, Momentos de celebração, encontro e intercâmbio de experiências, Processo e atividades de comunicação dirigidas às comunidades cristãs, e Percursos de renovação da ação pastoral, e Percursos de investigação teológica, pastoral e canônica.

Após as apresentações os conselheiros puderam participar do “Microfone Aberto” e partilhar as reflexões e os desafios proposto na caminhada sinodal arquidiocesana. Na sequência foram apresentados os comunicados pastorais, e o encerramento do encontro com a oração e a bênção presidida pelo arcebispo.

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