Ação Missionária

Neste mês de outubro, vamos retomar as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil nos seus encaminhamentos práticos.

Investir em comunidades que se autocompreendam como missionárias, em estado permanente de missão, indo além de uma pastoral de manutenção e se abrindo a uma autêntica conversão pastoral (DAp 366-370). Novos lugares, novos horários, linguagem renovada e pastoral adequada às novas demandas da população são algumas características das respostas esperadas.

Acompanhar de perto a realidade urbana com a criação de observatórios ou organismos semelhantes que percebam os ritmos de vida das cidades, suas tendências e alteração.

Desenvolver projetos de visitas missionárias a áreas e ambientes mais distanciados da vida da Igreja. Estabelecer um cronograma de visitas, de modo que se possa acompanhar o amadurecimento das pessoas e estimular a formação de novas comunidades, sempre alicerçadas na Palavra, no Pão e na Caridade. Evitar realizar visitas únicas ou pontuais, destinadas apenas a apresentar a realidade eclesial já existente.

Considerar uma prioridade pastoral histórica o investimento de tempo, energia e recursos com os jovens. Formar acompanhantes de jovens, promover missões juvenis em vista da renovação de experiências de fé e de projetos vocacionais e abrir espaços para que os jovens criem novas formas de missão, por exemplo, nas redes sociais (ChV, n. 240,241 e 246).

Investir na presença nos Meios de Comunicação Social, especialmente nas redes sociais, deve ser um constante desafio aceito pelas comunidades e vivenciados de modo testemunhal e missionário. As redes sociais constituem uma extraordinária oportunidade de diálogo, encontro e intercâmbio entre as pessoas. A web (internet) e as redes sociais criaram uma nova maneira de comunicar-se.

Valorizar, urgentemente, como espaços missionários os hospitais, as escolas e as universidades, o mundo da cultura e das ciências, os presídios e outros lugares de detenção. Em espaços assim, a presença fraterna e orante é o ponto de partida para o anúncio e a formação de comunidades.

Priorizar a pessoa como objetivo da ação missionária. A Cultura do Encontro deve ser o pano de fundo para a missão permanente. Percursos de acompanhamento espiritual, que contemplem cada pessoa na sua individualidade, buscando sair da lógica das massas para entrar na dinâmica do Mestre que se põe a cominho para estar com os desanimados discípulos que voltavam para Emaús (Lc 24,13-35), escutando suas angústias e oferecendo-lhes a luz da Palavra e da Eucaristia, são também caminhos de uma autêntica missão.

Implantar e aperfeiçoar os Conselhos Missionários em todos os níveis (paróquia, diocese e regional) deve ser uma meta perseguida por toda a Igreja no Brasil. Esses Conselhos sejam animadores e articuladores da acolhida e presença do espírito missionário em nossas comunidades por meio da programação, execução e revisão das ações missionárias (RM, n. 84).

Olhar a Amazônia como um dom de Deus e, por isso mesmo, como uma responsabilidade para todos os brasileiros.

Valorizar a dimensão mariana e outras formas de piedade popular na evangelização e missionariedade da Igreja, considerando que Maria foi a primeira missionária, que animou os discípulos na comunidade primitiva, com sua presença, fé e esperança. (Cf. DGAE 189-202).

Vale a pena olhar isso tudo com carinho.

 

Dom Moacir Silva
Arcebispo Metropolitano

Boletim Informativo Igreja-Hoje
Outubro/2022

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