A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) provocou uma série de transformações na vida das pessoas e das instituições. As medidas para evitar a proliferação do vírus, seguindo as orientações das autoridades sanitárias, incorporaram uma série de regras na população como o distanciamento social, a higienização frequente das mãos (lavagem e álcool gel), a suspensão de reuniões, encontros, aulas, congressos e outros eventos. No âmbito eclesial as missas com a presença do povo e outras atividades presenciais foram suspensas temporariamente, e passaram a ser transmitidas nas plataformas digitais e redes sociais. Nesse contexto as paróquias, pastorais, movimentos e serviços arquidiocesanos mergulharam no ambiente digital para continuar a ação evangelizadora. Para ampliar o trabalho de evangelização surgiu na Arquidiocese a Rede Arquidiocesana de Transmissão para colaborar na transmissão de lives e outras transmissões arquidiocesanas. Conheça um pouco deste trabalho na entrevista com a equipe.
IGREJA-HOJE: Como surgiu o trabalho da Rede de Transmissão Arquidiocesana?
REDE: O trabalho surgiu antes da própria Rede. No final de 2019 brotou a ideia por parte do Padre Luís Gustavo Benzi, do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, de formar uma equipe de reportagens para a cobertura de eventos da igreja particular de Ribeirão Preto. Este grupo realizou a cobertura de três momentos importantes: O Festival Santa Cecília, a 15ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral e a ordenação dos Padres Luís Felipe e Rafael Ribeiro. Com a chegada do período pandêmico, no primeiro semestre de 2020, e a necessidade de migrar os momentos de espiritualidade para as mídias digitais, essa mesma equipe, composta por jovens, agrega mais membros e se coloca a serviço da Arquidiocese de Ribeirão Preto e do Arcebispo Metropolitano para realizar as transmissões que fossem necessárias. Mediante esta necessidade, surge o trabalho e do trabalho realizado, posteriormente, em 04 de outubro de 2020, por determinação arquiepiscopal, constituiu-se a Rede Arquidiocesana de Transmissão.
IH: Qual o objetivo (missão) deste serviço na Arquidiocese? Quem participa?
REDE: Os participantes são jovens da Arquidiocese de Ribeirão Preto, coordenados pelo diácono Paulo César Nascimento (Paulinho). O primeiro objetivo prático é: por meio de transmissões, reportagens e mídias sociais, fazer o Evangelho “ressoar e se espalhar por toda a terra” (Sl 78). Destarte, o trabalho da Rede é criar pontes e ser instrumento entre aqueles que estão anunciando a Palavra encarnada (que é o próprio Cristo Jesus), e aqueles que abrem as portas de suas casas e de suas vidas para o receberem por meio das lives e coberturas. O segundo objetivo central é informar. É introduzir cada vez mais os fiéis na vida eclesial, levando a igreja, os eventos realizados, os momentos de espiritualidade e aquilo que está em torno da construção do reino nesse mundo até o cotidiano das pessoas. Por fim, nosso terceiro objetivo é, pela ação do Espírito Santo, realizar uma transformação na realidade em que vivemos, e pouco a pouco construir uma realidade eclesial mais engajada e atualizada, que certamente propiciará uma melhora para toda sociedade. Sabendo do nosso chamado à ser sal da terra e luz do mundo queremos, pouco a pouco, ser sinal de cura, de um novo sabor e reflexo do brilho da estrela que não conhece o ocaso, que é o Cristo ressuscitado, sentido e motivo de nossas vidas.
IH: Como será o trabalho da Rede na Arquidiocese?
REDE: A Rede é um órgão vinculado ao Secretariado Arquidiocesano de Pastoral que objetiva não apenas realizar transmissões e coberturas em toda a arquidiocese, mas também auxiliar a Igreja, como um todo, a se engajar cada vez mais nas redes digitais e assim ficar mais próxima de seus fiéis. Sendo assim, nos colocamos à disposição de toda a igreja para a realização e apoio nas transmissões, sejam elas paroquiais, arquidiocesanas ou de pastorais.
IH: Que avaliação a Rede faz das transmissões neste tempo de pandemia?
REDE: Parafraseando o Papa Francisco na Fratelli Tutti, as lives são “Percursos de um novo encontro”. Elas se mostraram como um instrumento de evangelização indispensável no auge da pandemia. Por meio delas vivemos parte da quaresma, a semana santa e o tempo da páscoa, não separados, mas juntos. No contexto em que as “Igrejas Domésticas” estavam em evidência, as transmissões eram um ponto de encontro e sinal de esperança de dias melhores. Agora, o legado deve permanecer, é uma forma de fazermos as nossas igrejas entrarem nas casas e levar as realidades do reino para o cotidiano do povo. O contato com a Rede pode ser feito no instagram: @rede.rp e por meio do Secretariado de Pastoral.