Nas confluências das Avenidas Presidente Vargas e João Fiúsa, em Ribeirão Preto, ao menos 500 participantes, estiveram reunidos em 24 de setembro, para o Ato em Defesa da Vida. A Arquidiocese de Ribeirão Preto, em comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (Nacional e Regional Sul 1), reafirmou sua posição em favor da vida desde a concepção, diante do pedido de inclusão em pauta da ADPF 442 (2017), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, e da descrimininalização das drogas. O evento teve o apoio e organização do Grupo de Estudo Astúrias, do Grupo de Estudos Persona, da Associação Cultural Joseph Ratzinger, de Pastorais, Movimentos e Serviços da Arquidiocese de Ribeirão Preto. O ato contou com a convocação e presença do arcebispo metropolitano, Dom Moacir Silva, além da participação de padres, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, fiéis das comunidades paroquiais, que trouxeram cartazes, bandeirinhas, e rezaram unidos em Defesa da Vida. A programação incluiu momentos de oração, música e as seguintes intervenções: “O Evangelho da Vida e a Cultura da Morte”, com Dom Moacir Silva; e as reflexões dos temas: “Ameaça da ADPF 442 e o ativismo judicial”; “O valor sagrado da família e o dom precioso dos filhos”; “O processo de aprovação do Aborto nos EUA”, e o encerramento com a recitação do Santo Rosário.
Com o tema: “O Evangelho da Vida e a Cultura da Morte” o arcebispo Dom Moacir, inspirado na Carta Encíclica Evangelium Vitae, do Papa João Paulo II, reforçou o apelo sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana. “Hoje somos chamados a renovar nosso compromisso com o anúncio do Evangelho da vida. Porque a cultura de morte está aí. É necessário contrapô-la com o Evangelho da vida. Ao falar de cultura de morte, como não pensar na violência causada à vida de milhões de seres humanos, especialmente crianças, constrangidos à miséria, à subnutrição e à fome, por causa da iníqua distribuição das riquezas entre os povos e entre as classes sociais? Ou na violência inerente às guerras, e ainda antes delas, ao escandaloso comércio de armas, que favorece o turbilhão de tantos conflitos armados que ensanguentam o mundo? Ou então na sementeira de morte que se provoca com a imprudente alteração dos equilíbrios ecológicos, com a criminosa difusão da droga, ou com a promoção do uso da sexualidade segundo modelos que, além de serem moralmente inaceitáveis, acarretam ainda graves riscos para a vida? É impossível registar de modo completo a vasta gama das ameaças à vida humana, tantas são as formas, abertas ou camufladas, de que se revestem no nosso tempo!”, expressou o arcebispo.
Ao finalizar a fala o arcebispo convocou todos a serem anunciadores da vida: “Por fim, lembro mais uma palavra forte de São João Paulo II: as leis que autorizam e favorecem o aborto e a eutanásia colocam-se, pois, radicalmente não só contra o bem do indivíduo, mas também contra o bem comum e, por conseguinte, carecem totalmente de autêntica validade jurídica. O aborto e a eutanásia são, portanto, crimes que nenhuma lei humana pode pretender legitimar. Leis deste tipo não só não criam obrigação alguma para a consciência, como, ao contrário, geram uma grave e precisa obrigação de opor-se a elas através da objecção de consciência. Sejamos sempre anunciadores do Evangelho da vida”, concluiu Dom Moacir.