A Comissão para o 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil da Arquidiocese de Ribeirão Preto promoveu a “Palestra sobre Vocação e Sentido da Vida”. O evento teve como público alvo: Agentes da Pastoral Familiar, Catequese Arquidiocesana (Catequistas e Catequizandos), Movimento Serra, Setor Juventude (Grupo de Jovens e Movimentos Juvenis), Coordenadores dos grupos de Servidores (as) do Altar (Coroinhas, Clarissas e Acólitos).
Palestra: A “Palestra sobre Vocação e Sentido da Vida” foi realizada em duas datas, no Salão Dom Alberto, em Ribeirão Preto, uma no dia 27 de maio, para as paróquias da cidade de Ribeirão Preto; e outra, em 3 de junho, para as foranias das cidades do interior da Arquidiocese. As palestras contaram com as assessorias do Padre Lício de Araújo Vale, Suicidólogo; do psicólogo e seminarista José Eduardo dos Santos; da doutora Marina Lemos Silveira Freitas (no dia 27 de maio); e da psicóloga Eliana Andrade (no dia 3 de junho).
O psicólogo e seminarista José Eduardo abordou o tema “Vocação e Sentido” e trouxe os objetivos propostos pelo Ano Vocacional da Igreja no Brasil e os cuidados para a valorização e sentido da vida. “É muito importante pensarmos na questão da vocação e sentido da vida, porque primeiro a vocação é um chamado que Deus nos faz, e não só para ser padre ou religiosa, mas também para servir a Igreja, e o nosso sentido da vida está em Deus. Então, receber este chamado e identificar como eu vou responder, como vai ser a minha caminhada, quais são os testemunhos de vida que eu vou dar frente a minha comunidade. Então é muito importante aproveitar o ano vocacional para refletir e despertar nas nossas paróquias e na arquidiocese a cultura vocacional, principalmente um trabalho com os jovens”, afirmou José Eduardo.
O suicidólogo padre Lício de Araújo Vale, autor do livro “Mente Suicida, respostas aos porquês silenciados”, entre outras obras, a partir da experiência de seu trabalho, apresentou uma série de reflexões, identificando alguns dos sintomas no campo das situações que podem levar ao o suicídio, como a depressão, dentro da perspectiva do conhecer e acolher para prevenir. “É importantíssimo que a gente possa refletir sobre a vocação. Deus nos chama a vida, esse é o primeiro grande chamado que o Senhor nos dá. E Ele também nos chama para uma missão de vida seja no sacerdócio, na vida religiosa, ou constituir família. A vocação é importantíssima, porque para que a gente possa se sentir chamado, a gente precisa ser si mesmo. Deus chama a pessoa e é tão importante perceber o chamado de Deus nesse sentido de que a gente possa sendo si mesmo, poder realizar o sentido da nossa vida, e o sentido da nossa vida é viver de acordo com o que Deus pensou antes que nós fôssemos concebidos, ou seja, o sentido da vida na busca de Deus e no sentido de buscar a vida plena: ‘Eu vim para que vocês tenham vida, e vida em plenitude’. A nossa vocação deve sempre realizar o sentido da nossa vida, viver o amor de Deus, vivendo o amor e o serviço aos outros”, relatou padre Lício.
A doutora Marina Lemos, pediatra e especialista em Logoterapia, fundadora e diretora do Colégio Viktor Frankl, abordou a preocupação e a atenção no trabalho com as crianças e adolescentes. “O que a gente vê hoje no mundo não é tanto uma frustração sexual, a sexualidade está liberada, mas a gente vê uma frustração existencial, um vazio pela frustração da vontade de sentido, então mais do que nunca é urgente, necessário, fundamental, que nós pensemos sobre o sentido da vida. Ninguém dá o sentido da vida para ninguém, mas eu posso despertar para a busca do sentido, despertar a vontade de sentido latente em toda pessoa humana, isso é ontológico, é próprio, igual nós temos sede de água, sede de afeto, nós temos sede de sentido. Então os alunos precisam de ser despertados para esta sede e esta vontade, para que eles busquem, encontrem e realizem o sentido da vida. Ninguém dá sentido para ninguém, mas a gente pode acompanhar nesse caminho e processo de busca, descoberta e realização do sentido”, disse doutora Marina.