A Paróquia Nossa Senhora Aparecida e a Arquidiocese de Ribeirão Preto comunicaram com pesar o falecimento do Diácono Daniel Ribeiro Moraes Filho, 75 anos, na madrugada de 04 de setembro, na Santa Casa, em Sertãozinho. O velório ocorreu na paróquia Nossa Senhora Aparecida, e o arcebispo dom Moacir Silva presidiu a missa exequial, com a presença de padres, diáconos, seminaristas, familiares, amigos, e grande número de fiéis que lotaram a igreja, para rezar e agradecer pelo testemunho de vida cristã e diaconal. Diácono Daniel nasceu em São Paulo, em 20 de setembro de 1949, filho de Daniel Ribeiro Moraes e Maria Helena Fornari Moraes (in memoriam), sendo o filho mais novo do casal, e tendo três irmãs. Foi batizado na paróquia Nossa Senhora da Assunção, na capital paulista, em 09 de outubro de 1949; e crismado em 15 de junho de 1957, por Dom Bernardo José Miele, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Sertãozinho. Fez os estudos no Grupo Escolar Prof. Anacleto Cruz, Ginásio Estadual, ambos em Sertãozinho; o ensino médio na Associação de Ensino de Ribeirão Preto; e o ensino superior em Engenharia Elétrica, na Faculdade federal de Engenharia de Uberlândia (GM); e o MBA Agrobusiness na (Fundace/USP), em Ribeirão Preto. Em 15 de abril de 1977 se casou com Edna Maria Moraes, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Sertãozinho, com quem teve três filhos: Raquel, Daniel Neto e Gustavo. Foi ordenado diácono permanente na primeira turma da Escola Diaconal Arquidiocesana São Lourenço, em 24 de maio de 2014, no Ginásio Pedro Ferreira dos Reis (Docão), em Sertãozinho. Na Cúria Metropolitana de Ribeirão Preto, no período de exerceu o cargo de responsável pelo Departamento de Patrimônio.

Na recordação da vida, a comunidade paroquial deu testemunho da vida e da presença do diácono Daniel como servo fiel e dedicado ao testemunho evangélico na família, na paróquia e na sociedade. “Exemplo de servo de Deus, sempre disposto a levar a Palavra a todos, ajudando a formar famílias e mostrando que a Fé é nossa essência. Seu legado de fidelidade, generosidade, amor, alegria, bondade e carisma é o que nos manterá de pé, rezando para seu descanso junto a Deus e nos braços de Nossa Senhora Aparecida e para que seus familiares e amigos sejam consolados pela esperança que nunca decepciona! Como homem de família preocupado com os seus, não mediu esforços para dividir seu amor a cada um de nós, não importando o quanto éramos próximos dele: seu sorriso sempre esteve à frente e é assim que sua memória deve ser compartilhada por todos. O Diácono Daniel nasceu à sombra desta Igreja. Sua família foi sempre vizinha desta comunidade. Educado na fé pelos pais e com certeza pelas irmãs, pois era o filho caçula, o Daniel participou dos mais diversos acontecimentos paroquias. Aqui se casou e batizou seus filhos e assistiu o casamento do Gustavo, seu filho mais novo. Sua ordenação como Diácono Permanente, sem sombra de dúvidas foi um presente de Deus para nossa comunidade. Um homem sério e preocupado com a inversão de valores sociais que atingia sempre a família, a qual ele defendia com todas as suas forças. Como esposo fiel e pai solícito, foi para todos nós um grande testemunho de fé em Jesus Cristo ressuscitado. Sua Páscoa nos pegou de surpresa, mas como nos ensina o Evangelho: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”
Na homilia, dom Moacir, recordou a preocupação, a dedicação, e o zelo do diácono Daniel na evangelização e no conhecimento da palavra de Deus e da doutrina da Igreja. “Queridos irmãos, queridas irmãs, minha saudação fraterna e solidária aos familiares do nosso querido diácono Daniel. Escutamos a consoladora afirmação de São Paulo: ‘vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor’. Daniel se tornou propriedade de nosso Senhor naquele momento em que derramaram água na cabeça dele dizendo: Eu te batizo, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O batismo faz de nós propriedade do Senhor. E a nossa missão nesse mundo é viver e agir como pertencentes ao Senhor. E o Daniel tinha preocupação com isso. Por isso o salmo que cantamos há pouco retrata um pouco a vida dele à busca de Deus: ‘A minh’alma tem sede de Deus’. Como o Daniel gostava das coisas certas, da doutrina correta, da ortodoxia, das coisas de Deus, como elas devem ser tratadas. Digo isso porque quantas vezes, se não em contato pessoal ou direto, mas, a lei privada sabe quantas questões ele colocava para ajudá-lo nas dúvidas e buscar a certeza. Uma experiência que nós vivemos para o bem da igreja, para o bem da vida espiritual dele, para o bem da sua família, para o bem da comunidade”.
E o arcebispo acrescentou: “Nosso querido diácono viveu isso. Gastou a sua vida no ministério, buscando o bem das pessoas, preocupado com os valores cristãos, humanos, que as pessoas deviam buscar e viver. E ele deu a sua contribuição para isso. Muitos aqui da comunidade paroquial com certeza testemunham isso. Agora terminou sua caminhada entre nós. Quantas vezes aqui neste presbitério celebramos a Eucaristia. Hoje ele está aqui, mas já participando da liturgia celeste, glorificando a Deus, como Deus merece ser glorificado, pela sua participação já, livre das amarras deste mundo, totalmente aberto para Deus. A minha alma tem sede de Deus. Esta sede que Daniel experimentava foi saciada, porque já teve o seu encontro pessoal com o Senhor”.
Ao concluir a homilia o arcebispo deixou uma palavra de conforto aos familiares e a comunidade paroquial: “Uma palavra que nós aplicamos perfeitamente ao diácono Daniel. Sentimos, sim, a sua ausência entre nós. Essa ausência, que também é uma nova forma de presença. No dia em que celebrava as exéquias do meu pai, meu Bispo dizia: ‘agora vocês que ficaram, vão continuar a presença dele, cada um, cada filho, cada filha, vivendo um pouco daquilo que era Ele. E assim vocês mantêm a presença viva dele no meio de vocês’. Uma palavra que nos consolou muito, e que com certeza ajuda a todos nós, que fazemos a experiência da entrega do pai e da mãe para a vida eterna, a certeza de que uma nova forma de presença continua entre nós. Vivemos isso porque somos pessoas de fé. Que o Senhor nos sustente com a sua graça, com a sua força, fortificando-nos na fé, na certeza de que um dia também, terminada a nossa caminhada nessa terra, entraremos no mundo definitivo de Deus para toda a eternidade. Assim seja”.
Após a celebração exequial o féretro seguiu para o sepultamento no Cemitério Municipal de Sertãozinho.





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