Conversação Espiritual se destaca como “maneira particular” de uma Igreja Sinodal proceder nas reflexões

A metodologia que marcou as assembleias continentais do Sínodo sobre a Sinodalidade será também utilizada durante a Assembleia do próximo mês de outubro, quando delegados do mundo inteiro estarão em Roma para refletir sobre a Igreja Sinodal. Chamada na América Latina de “conversação espiritual”, a dinâmica também é denominada “diálogo no Espírito” no Instrumento de Trabalho do Sínodo.

A metodologia da conversa espiritual é apontada no texto de trabalho do Sínodo, o Instrumentum Laboris, como a “maneira particular” de a Igreja sinodal proceder para discernir a vontade de Deus. Ela consiste, basicamente, numa metodologia “para animar e discernimento comunitário”, como explica o padre jesuíta Óscar Martín, que facilitou o método durante a Assembleia Continental do Cone Sul, em Brasília (DF).

“Não é discussão, não é disputa, não é debate sobre temas ou diálogo e discussões teológicas ou espirituais. É nada mais que um intercâmbio muito focado na qualidade da escuta e também na qualidade do que falamos. É uma conversação que, creio, posso descrever como um tom humilde, profundo e também muito cuidadoso, onde a grande particularidade desse modo de conversar é que está aberta à presença do Espírito. E desde esse ponto de vista devemos prestar atenção à ação do Espírito e lhe prestar uma especial atenção às moções do coração. Às próprias e também às das outras pessoas”, explica Martín.

O jesuíta também ressalta que a base da Conversação Espiritual é a convicção de que “o Espírito Santo fala a todos e de que a escuta é ao coração mas também nos vem da palavra do outro, da palavra da outra, no qual implica necessariamente uma certa forma de ouvir e uma certa maneira de falar”.

Essa explicação do padre Óscar Martín sobre o método da conversação espiritual foi exibida na live sobre o Instrumentum Laboris que foi transmitida nas redes sociais da CNBB na última quinta-feira, 3 de agosto.

Confira como foi aqui.

Momento de Pentecostes

No texto de trabalho do Sínodo, foi partilhada a experiência das Igrejas locais com o método, que proporcionou “a atmosfera que torna possível o partilhar das experiências de vida e o espaço para o discernimento numa Igreja sinodal”.

De acordo com a Secretaria do Sínodo, nos Documentos finais das Assembleias continentais, o uso da metodologia “é descrito como um momento pentecostal, como uma oportunidade de experimentar ser Igreja e passar da escuta de nossos irmãos e irmãs em Cristo para a escuta do Espírito, que é o autêntico protagonista, e ser enviado em missão por Ele”.

BAIXE AQUI O INSTRUMENTUM LABORIS DO SÍNODO

Membro da equipe de animação do Sínodo no Brasil, a irmã Teresinha Mendonça Del’Acqua, religiosa Franciscana de Maria Imaculada, pôde experimentar o vigor e a dinâmica desse método da conversação espiritual durante a Assembleia Continental do Cone Sul. “Senti uma alegria imensa e uma gratidão porque pude saborear o vigor da Igreja. Esse vigor dinâmico, esse vigor que vai se estendendo. Foi uma experiência de um verdadeiro Pentecostes”, partilhou.

Fonte: CNBB

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