Dom Moacir celebra missa do Domingo de Ramos na Catedral

Dom Moacir celebra missa do Domingo de Ramos na Catedral

A concelebração eucarística do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, 2 de abril de 2023, reuniu os fiéis na Praça Luís de Camões, defronte ao Hospital Beneficência Portuguesa, em Ribeirão Preto, às 8 horas, local da bênção dos ramos e da saída da procissão. Na Praça, o arcebispo dom Moacir Silva, abençoou os ramos e, após a proclamação da leitura do Evangelho, houve o início da procissão pelas ruas do centro de Ribeirão Preto até a Catedral Metropolitana de São Sebastião para a continuidade dos ritos da missa. Concelebraram o pároco da Catedral, padre Francisco Jaber Zanardo Moussa e o mestre de cerimônias padre Antônio Élcio de Souza (Padre Pitico), e serviu nas funções litúrgicas o diácono Áureo João Nunes Ribeiro.

Homilia

Na homilia o arcebispo Dom Moacir falou a respeito do contexto da celebração do Domingo de Ramos onde a liturgia nos apresenta o sentido da vida cristã. “No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado que, ao entrar em Jerusalém, prenunciou sua majestade. Os textos da missa chamam nossa atenção para o mistério da Paixão do Senhor. Inocente, Jesus quis sofrer pelos pecadores. Santíssimo, quis ser condenado a morrer pelos criminosos. Sua morte apagou nossos pecados e sua ressurreição nos trouxe vida nova”, explicou o arcebispo.

Ao meditar o Evangelho (Mt 21,1-11) Dom Moacir fez referência a forma de narrativa apresentada pelo evangelista São Mateus que apresenta o processo de condenação e morte de Jesus e traz elementos do Antigo Testamento. “No Evangelho encontramos a narrativa da Paixão segundo São Mateus. Todos os evangelistas dedicam um espaço muito amplo para a narrativa da Paixão e Morte de Jesus. Cada evangelista, porém, apresenta alguns episódios, alguns pormenores, alguns tópicos exclusivos de cada um. São Mateus tem a preocupação em mostrar que tudo o que está acontecendo com Jesus foi previsto pelos profetas: tudo estava escrito no Antigo Testamento. Como ouvimos no Evangelho, os que passavam diante de Jesus crucificado zombavam dele e, rindo de seu sofrimento, faziam-lhe sugestões sarcásticas: ‘desça da cruz, confiou em Deus; que ele o livre agora, se é que Deus o ama’, sinalizou o arcebispo.

Dom Moacir continua a meditação do Evangelho observando a postura de Jesus: “Qual a reação de Jesus diante disso? Jesus não responde à provocação dos que zombam dele. Não diz uma palavra. Não é momento de dar explicações. Sua resposta é o silêncio. Um silêncio que é respeito aos que o desprezam e, sobretudo, compaixão e amor. Jesus só rompe o silêncio para dirigir-se a Deus com um grito dilacerador: ‘Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?’ Não pede que o salve descendo-o da cruz. Só pede que não se oculte nem o abandone nesse momento de morte e sofrimento extremo. E Deus, seu Pai, permanece em silêncio”, revela o arcebispo.

Segundo o arcebispo é no silêncio e na escuta que Jesus se manifesta enquanto salvador. “Só escutando até o fim este silêncio de Deus descobrimos algo de seu mistério. Deus não é um ser poderoso e triunfante, tranquilo e feliz, alheio ao sofrimento humano, mas um Deus calado e humilhado que sofre conosco a dor, a escuridão e a própria morte. Por isso, ao contemplar o Crucificado, nossa reação não pode ser de zombaria ou desprezo, mas de oração confiante e agradecida: Não desças da cruz. Não nos deixe em nossa aflição. De que nos serviria um Deus que não conhecesse nosso sofrimento? Quem poderia nos entender?” aponta dom Moacir.

Ainda na homilia, dom Moacir, recordou a Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade e convidou os fiéis a viverem com profundidade a espiritualidade da Semana Santa. “Hoje não podemos nos esquecer do sofrimento causado pela fome. ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ é o mandato de Jesus para todos e cada um de nós. Em comunhão com todo a Igreja no Brasil, participemos da Coleta Nacional da Solidariedade. Aproveitemos a Semana Santa para contemplar esta proximidade de Deus em nosso sofrimento humano e contemplar também a revelação plena do seu amor por todos e cada um de nós no Cristo crucificado. Que o Senhor nos conceda aprender o ensinamento de sua Paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Assim seja!”, finalizou o arcebispo.

Semana Santa

Semana Santa: De 3 a 9 de abril as comunidades paroquiais vivem a espiritualidade da Semana Santa, especialmente o Tríduo Pascal, em preparação a festa da Páscoa na Ressurreição do Senhor. Uma extensa programação foi preparada pelas paróquias, por isso, vamos nos preparar e viver com ardor a fé em Cristo Ressuscitado.

Acesse a Programação da Semana Santa nas Paróquias:

Paróquias da Cidade de Ribeirão Preto

Paróquias das foranias do Interior


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