Dom Moacir na missa da noite de Natal: “Acolher Jesus, celebrar o seu nascimento, é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio propor aos homens”
O arcebispo dom Moacir Silva presidiu a Missa da noite de Natal, 24 de dezembro de 2024, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto. Concelebraram o pároco padre Francisco Jaber Zanardo Moussa; o vigário paroquial padre João Marcos da Silva Carvalho; e serviu nas funções litúrgicas o diácono Áureo João Nunes Ribeiro. Nos ritos iniciais, o diácono Áureo recitou a proclamação do Anúncio do Natal (Kalenda de Natal, hino antigo, que data do fim do século II), e na sequência seguiu-se os ritos da missa.
Homilia
Na introdução da homilia, o arcebispo lembrou do sentido do Natal envolto não nascimento de Jesus Cristo e de seus ensinamentos. “A liturgia desta noite envolve-nos nessa incrível história de amor que Deus quis viver com os homens. Fala-nos de um Deus que não hesita em vir ao encontro dos seus filhos peregrinos na terra para abraçá-los, para fazer caminho com eles e para lhes dar Vida. Nesta noite, Deus apresenta-Se aos homens na figura de uma criança, frágil e indefesa, e pede-nos que o acolhamos no nosso coração e na nossa vida”, explicou Dom Moacir.
Dom Moacir ainda meditou na homilia o significado de acolhida a Jesus como sinal do verdadeiro sentido do Natal. “Acolher Jesus, celebrar o seu nascimento, é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio propor aos homens. Esforçamo-nos por tornar realidade o ‘Reino de Deus’? Como lidamos com a injustiça, a opressão, a guerra, a violência, o sofrimento que enfeia o mundo: com a indiferença de quem se acomodou e nada quer arriscar, ou com a inquietude profética que obriga ao compromisso com o ‘Reino de Deus’?”, perguntou o arcebispo.
Ao meditar o texto do Evangelho (Mateus 1,1-25), dom Moacir convidou os fiéis a acolherem o Menino Jesus que vem ao nosso encontro como sinal profético e radical do amor. “O Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o ‘Menino de Belém’, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos pobres e marginalizados – a sua salvação. A oferta da salvação que, através desse ‘Menino’ nos é feita, vem embrulhada com ternura e amor. Tem, portanto, o selo de Deus. O Menino de Belém leva-nos a contemplar o incrível amor de um Deus que Se preocupa até ao extremo com a vida e a felicidade dos homens e que envia o próprio Filho ao mundo para apresentar aos homens um projeto de salvação. Nesse Menino de Belém, Deus grita-nos a radicalidade do seu amor por nós. Nesta noite, podemos simplesmente deixar que esta Boa Notícia invada o nosso coração e ilumine com as cores da esperança todo o horizonte onde nos movemos e existimos?”, destacou o arcebispo.
Ao finalizar a homilia o arcebispo disse: “Queridos irmãos e queridas irmãs! No Natal, o céu e a terra trocam os seus dons, pois a humanidade e a divindade se unem no Menino de Belém. Em Jesus, Verbo encarnado, reconhecemos o Deus visível aos nossos olhos e aprendemos nele a amar a divindade que não vemos. Cristo, gerado antes dos tempos, entrou há história para erguer o mundo decaído. Por fim, nossa gratidão. Obrigado, Menino de Belém, por vir partilhar conosco a Tua vida e, assim, nos tornar participantes desta mesma vida. Ajuda-nos a viver intensamente este mistério, hoje e sempre. Amém!”
Feliz e abençoado Natal
Após os ritos finais, antes da a bênção final, Dom Moacir, expressou votos de um santo e feliz Natal aos arquidiocesanos: “E nesta bênção solene do Natal vai também os meus votos de um Feliz e Santo Natal a todos vocês, e na pessoa de vocês a todos os nossos arquidiocesanos”.