Dom Moacir presidiu a Solenidade de Santa Mãe de Deus, Maria, na Catedral, e rezou pelo sufrágio do papa emérito Bento XVI
O arcebispo Dom Moacir Silva presidiu na noite de 31 de dezembro de 2022, a Solenidade de Santa Mãe de Deus, Maria, na Catedral Metropolitana de São Sebastião. Concelebraram o pároco padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, e o vigário paroquial, padre Igor Fernando Ap. Madolosso de Lima. Antes dos ritos iniciais o arcebispo e os concelebrantes se dirigiram à frente do presbitério, onde estava colocada a imagem do papa emérito Bento XVI, e ali fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao papa emérito, falecido na manhã do sábado, no Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano.
Homilia
No início da homilia, Dom Moacir, convidou os fiéis a agradecerem a Deus pelas graças e dons recebidos de Deus durante o ano de 2022. “Queridos irmãos e queridas irmãs! Estamos chegando ao final de mais um ano. Então, é momento para redermos graças a Deus, nosso Senhor, por todos os dons e graças que Ele nos concedeu ao longo deste ano. O Senhor nos acompanhou em tudo, nos momentos alegres e felizes, como também nos momentos de decisões importantes, de dificuldades, de desafios, de sofrimentos e dores. Em tudo o Senhor nos acompanhou com sua graça e sua infinita misericórdia. Por isso, ‘a vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos. A vós, eterno Pai, adora toda a terra’. Na oitava do Natal celebramos a Solenidade da Mãe de Deus, Maria. É a festa da maternidade divina e veneração àquela que é Mãe de Cristo e Mãe da Igreja”, destacou o arcebispo.
Ao meditar o texto do Evangelho (Lc 2, 16-21), dom Moacir, enalteceu o sentido de vivermos plenamente o projeto de Deus em nossas vidas. “Neste Evangelho fica claro o fio condutor da história da salvação: Deus ama-nos, quer a nossa plena felicidade e, por isso, tem um projeto de salvação para levar-nos a superar a nossa fragilidade e debilidade; e esse projeto foi-nos apresentado na pessoa, nas palavras e nos gestos de Jesus. Temos consciência de que a verdadeira libertação está na proposta que Deus nos apresentou em Jesus e não nas ideologias, ou no poder do dinheiro, ou na posição que ocupamos na escala social? Por que é que tantos dos nossos irmãos vivem afogados no desespero e na frustração? Porque é que tanta gente procura ‘salvar-se’ num consumismo alienante? Não será porque não fomos capazes de lhes apresentar a proposta libertadora de Jesus?” questionou o arcebispo.
Dom Moacir, antes de concluir a homilia, fez referência a mensagem do Papa Francisco para o 56º Dia Mundial da Paz, que tem o tema: “Ninguém pode salvar-se sozinho. Juntos, recomecemos a partir de Covid-19 para traçar sendas de paz”, e refletiu alguns trechos da mensagem: “Diz o Santo Padre: A Covid-19 precipitou-nos no coração da noite, desestabilizando a nossa vida quotidiana, transtornando os nossos planos e hábitos, subvertendo a aparente tranquilidade mesmo das sociedades mais privilegiadas, gerando desorientação e sofrimento, causando a morte de tantos irmãos e irmãs nossos. Certamente, tendo experimentado diretamente a fragilidade que caracteriza a realidade humana e a nossa existência pessoal, podemos dizer que a maior lição que Covid-19 nos deixa em herança é a consciência de que todos precisamos uns dos outros, que o nosso maior tesouro, ainda que o mais frágil, é a fraternidade humana, fundada na filiação divina comum, e que ninguém pode salvar-se sozinho. Por conseguinte, é urgente buscar e promover, juntos, os valores universais que traçam o caminho desta fraternidade humana. E o Papa termina sua mensagem, dizendo: Desejo a todos os homens e mulheres de boa vontade que possam, como artesãos de paz, construir dia após dia um ano feliz! Maria Imaculada, Mãe de Jesus e Rainha da Paz, interceda por nós e pelo mundo inteiro. Amém”, finalizou dom Moacir;
Bênção
Nos ritos finais, antes de conceder a bênção, Dom Moacir disse: “E nesta benção final vai os meus votos a cada um de vocês, e na pessoa de vocês, a todos os arquidiocesanos de um abençoado ano de 2023”.