Encontros em dicastérios tratam transmissão da fé e vida consagrada

Com a relatoria dos bispos de Barretos e de São José do Rio Preto, episcopado paulista refletiu o entrelaçamento da história das cidades do interior paulista com a fé católica. A presença da vida consagrada na ação evangelizadora das dioceses também foi discutida.

ESCUTAR: PROCESSO LEGÍTIMO

Hoje, dia 27, os bispos das provinciais eclesiásticas de Botucatu, Campinas e Ribeirão Preto, participaram de reunião no Dicastério para a Doutrina da Fé. Com a relatoria do bispo diocesano de Barretos, dom Milton Kenan Júnior, o episcopado refletiu a importância do testemunho missionário nas cidades das dioceses paulistas e o valor da expressão de fé do povo que alimentou a vida religiosa das gerações.

“A grande maioria dos municípios de nosso Estado foi criada ao redor de uma igreja; e nossas comunidades tiveram uma participação muito viva. Ainda hoje a história de muitas de nossas cidades está entrelaçada com a história da fé católica”, disse o bispo de Barretos.

Dom Milton ressaltou sobre a estruturação das comunidades paroquiais: “a vitalidade de nossas paróquias se demonstra pela existência no passado de associações e irmandades, confrarias e ordens terceiras. E, hoje, nos círculos bíblicos, grupos de reflexão e movimentos eclesiais”.

A força da comunicação e os processos do anúncio da fé na atualidade também elencaram a pauta do encontro no departamento romano. Sobre o assunto abordado na reunião, dom Sérgio Aparecido Colombo, bispo de Bragança Paulista, afirmou que a fé transmitida nas comunidades deve “ser por convicção e não por mera tradição”, comentou.

“Desafia-nos a influência hoje das mídias católicas que nem sempre mantém um discurso em sintonia com o Magistério eclesial, atraindo multidões de seguidores”, explicou o bispo de Barretos que também falou do processo de sinodalidade ocorrido nas arquidioceses e dioceses no primeiro semestre.

O cardeal Luís Ladaria, SJ, prefeito do Dicastério, alertou o episcopado para não desanimar diante dos desafios, mas que, com união, por meio de ações concretas, busque novos caminhos, pois “escutar é um processo legítimo” das comunidades cristãs.

O lento retorno dos fiéis neste período pandêmico em algumas localidades nas atividades eclesiais, a dificuldade de engajamento das novas gerações na vida de Igreja e o valor da comunhão no presbitério diocesano, enquanto “testemunho do amor de Cristo na vida ministerial”, como lembrou dom José Reginaldo Andrietta, bispo de Jales, também foram temas abordados na reunião.

CARISMA RELIGIOSO

Os bispos também se encontraram com os colaboradores do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. O relator, dom Antônio Emidio Vilar, SDB, bispo diocesano de São José do Rio Preto, explicou que nas dioceses “o carisma religioso, no passado, foi muito presente e atuante como pioneiros e desbravadores missionários” e enalteceu o bom diálogo estabelecido entre a vida consagrada e atividade pastoral nas Igrejas Particulares.

Dom Antônio falou também do surgimento de novas comunidades com inspiração na Renovação Carismática Católica (RCC). “Elas testemunham a vivacidade da vida cristã e religiosa na vivência dos conselhos evangélicos conforme seu estado de vida”, concluiu.

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Fotos: Pe. Thiago Faccini / Regional Sul 1 da CNBB

 

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