Escola Catequética Padre Anchieta realiza formatura da primeira turma

Escola Catequética Padre Anchieta realiza formatura da primeira turma

A Comissão Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Ribeirão Preto, responsável pela Escola Catequética Padre Anchieta, reuniu em 24 de novembro, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto, 150 catequistas da primeira turma, para a missa e formatura presidida pelo arcebispo Dom Moacir Silva. Concelebraram os padres: Marcelo Luiz Machado e Severino Germano da Silva, assessores da comissão; e também os padres: Francisco Jaber Zanardo Moussa, pároco da Catedral; João Marcos da Silva Carvalho, vigário da Catedral; Luís Gustavo Benzi, coordenador arquidiocesano de pastoral; Wagner Gleyson Theodoro e João Carlos Pedroza; e serviu nas funções litúrgicas o diácono Marcos Antônio Vieira.

Recordação: A Recordação da Vida fez memória dos trabalhos e dos esforços da Escola Catequética na formação permanente dos catequistas. “Hoje, enquanto família de Deus reunida, recordamos os esforços da «Escola Catequética Padre José de Anchieta» em formar os catequistas de nossa Arquidiocese para que possam ser melhores servidores da Igreja em favor do Reino de Deus. Como é exigente ser catequista, sabemos que a realidade da nossa catequese de hoje é muito complexa. Por isso, é de fundamental importância a Igreja oferecer as ferramentas para os catequistas que consigam trabalhar e deixar-se ser formado. Recordemos, de forma especial, todos os nossos sacerdotes da Arquidiocese que incentivam o trabalho catequético tendo consciência de que o futuro da Igreja passa pela iniciação à vida cristã. Nesta celebração, queremos apresentar ao Senhor a vida e a vocação de cada catequista aqui presente, que eles possam se sentir animados e pertencentes ao trabalho missionário da Igreja que anuncia o Reino de Deus. O Senhor Jesus que nos convida à mesa da Palavra e da Eucaristia nos chama à conversão. Reconheçamos ser pecadores e invoquemos com muita convicção”.

Homilia: No início da homilia, dom Moacir, ressaltou a importância da valorização e da formação permanente dos catequistas nas comunidades paroquiais. “Hoje rendemos graças da Deus, nosso Senhor, pela formatura da primeira turma de nossa Escola Catequética. Aqui lembramos uma palavra do Documento Final do Sínodo: ‘Entre as práticas formativas que podem receber novo impulso a partir da sinodalidade, é dada particular atenção à catequese para que, além de diminuir nos itinerários da Iniciação Cristã, seja cada vez mais ‘em saída’ e extrovertida… Em muitas Igrejas, os catequistas são o recurso fundamental para o acompanhamento e a formação; noutras, o seu serviço deve ser mais valorizado e apoiado pela comunidade, afastando-se de uma lógica de delegação, que contradiz a sinodalidade. Considerando a dimensão dos fenômenos migratórios, é importante que a catequese promova o conhecimento mútuo entre as Igrejas dos países de origem e de acolhimento’ (DF, 145)”, destacou o arcebispo.

Ao meditar o texto do Evangelho da Solenidade de Cristo Rei (João 18,33b-37) o arcebispo refletiu sobre o verdadeiro sentido do reinado de Cristo. “No Evangelho, Jesus nos é apresentado como Rei, mas um Rei diferente. Quando as pessoas quiseram proclamá-lo rei, ele fugiu; frustrou as expectativas messiânicas dos discípulos. Por que, então, na presença de Pilatos, quando já está com suas horas contadas, afirma categoricamente que veio para este mundo para ser rei? O Evangelho de hoje descreve cuidadosamente a cena. Jesus está entregue nas mãos da autoridade romana, está sozinho, desarmado, não tem soldados para defendê-lo. É um prisioneiro, abandonado pelos seus próprios amigos, está sendo esbofeteado. Certamente não está em condições de constituir-se em perigo para o poder de Roma. Não existe a mínima possibilidade de equívoco: agora, quando ele está derrotado, proclama: ‘Eu sou Rei’. Mas Rei de que Reino? O meu Reino não é deste mundo, afirma nosso Senhor. O seu reino está sendo instaurado aqui e agora, solidifica-se entre os homens. Entretanto, este reino não é deste mundo. Por quê? Os reinos deste mundo apresentam algumas características bem definidas: são conduzidos por homens movidos pela ambição das riquezas e do poder, têm suas bases no emprego da força, são defendidos pelas armas. O reino de Jesus não se identifica com nenhum destes princípios”.

E, dom Moacir acrescentou: “Jesus não elimina ninguém, é ele que se apresenta para morrer; ele não manda nos outros, mas obedece; não faz aliança com os grandes e poderosos, mas põe-se ao lado dos humildes, daqueles que não têm valor nenhum. Possuir, conquistar, exterminar são, para os homens, provas de força; para Jesus são fraquezas e derrotas. Grande, para ele, é aquele que serve. Pilatos ainda não entende; só consegue dirigir-lhe mais uma pergunta genérica: ‘Então, tu és Rei?’ Sim – respondeu Jesus – eu sou! Continua, em seguida, explicando: eu vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Não para ensinar a verdade, mas para testemunhar, para viver o projeto do mundo novo, para mostrar a todos que o Reino de Deus, prometido pelos profetas e anunciado como iminente por Daniel, já chegou a este mundo. As conquistas do Reino de Deus não se medem pelo número das pessoas batizadas, pela eficiência das estruturas e das organizações da Igreja, pela grandiosidade dos templos. O Reino de Deus cresce onde se manifesta a atitude de serviço, a doação generosa em benefício do irmão, onde cresce o respeito pelos outros, o encontro, o diálogo, onde se estabelecem relações novas entre as pessoas. O Reino de Cristo é o reino da verdade e da Vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz (…) Que Jesus Cristo, Rei do Universo encontre sempre espaço em nós para poder reinar em nossa vida e nos acompanhe em nossa missão hoje e sempre. Amém!”.

Formação Permanente

O padre Marcelo Machado, assessor da Comissão e professor na Escola Catequética, ressaltou o empenho da escola na formação continuada dos catequistas. “Hoje, celebrando o Dia Nacional dos Leigos, temos a alegria de formar a primeira turma da Escola Catequética Padre Anchieta e como é importante a Igreja e a nossa Arquidiocese, de maneira especial, oferecer essa formação que, na verdade, é um acompanhamento naquilo que o Papa Francisco pediu que fizéssemos, essa formação pastoral, espiritual, bíblica, teológica, como é necessário que pensar a iniciação à vida cristã junto aos catequistas, também acompanhá-los no dia a dia, na forma como os projetos paroquiais são preparados e na forma como os catequistas também acompanham as famílias dos catequizandos em cada uma das etapas. Então que bom a gente poder oferecer esse momento formativo e que, a partir de agora, também eles, formados, possam ser formadores de outros catequistas”.

Nos ritos finais, a Comissão dirigiu mensagem de agradecimento e prestou homenagem a colaboradores da Escola Catequética, e após os ritos finais, o arcebispo dom Moacir Silva entregou a cada um dos formandos o certificado.

Mensagem de Agradecimento dos Alunos da Escola Catequética Padre Anchieta

Senhores Professores e Vossa Excelência Reverendíssima Dom Moacir Silva

Hoje é um dia especial para nós, alunos da primeira turma da Escola Catequética Padre Anchieta, e desejamos compartilhar e dedicar este momento a todos vocês que foram fundamentais em nossa jornada formativa.

Ao Senhor, Dom Moacir, expressamos nosso mais profundo reconhecimento pelo seu incentivo e orientação. Sua presença inspiradora desde a Missa de envio, tocou nossos corações e reafirmou a importância de nossa missão como catequistas. Reconhecemos que a formação é fundamental para promovermos a Iniciação à Vida Cristã em nossas paróquias e na Arquidiocese, facilitando o encontro pessoal de cada catequizando com a pessoa de Jesus. Compreendemos a responsabilidade que nos aguarda, como futuros ministros instituídos, ou no nobre seguimento de nossa catequese, e agradecemos por nos conduzir ao preparo não só intelectual, mas também espiritual.

À nossa coordenadora arquidiocesana, Renata Roque, que foi tão especial nessa formação, agradecemos por nos ajudar a enfrentar nossas preocupações, dúvidas e incertezas. Ao longo dessa jornada pudemos contar com seu ombro amigo e suas palavras de incentivo.
Aos nossos estimados professores, somos gratos pela paciência e sabedoria com que nos transmitiram os conhecimentos, dedicando-se incansavelmente à nossa formação. Vocês abraçaram uma vocação sublime, contribuindo não apenas para os conteúdos teóricos, mas também para a construção de “renovados evangelizadores cristãos”. O tesouro mais precioso que recebemos foi o senso de missão e o espírito de discipulado – ensinamentos que carregaremos em nossa jornada pastoral. Graças ao apoio incondicional e testemunho inspirador, sentimo-nos mais preparados para enfrentar os imensos desafios da catequese em nossos dias.

Um verdadeiro mestre deixa em cada aluno uma marca indelével – um fragmento de si, de sua sabedoria e de seu carisma. Vocês nos conduziram a um cuidado e zelo ainda mais intenso pela Catequese, plantando sementes que continuarão a florescer. Suas palavras de encorajamento e o gesto de nos presentear com a Bíblia Sagrada no início desta Escola, em janeiro de 2023 reforçaram o nosso compromisso com a fidelidade na transmissão da Palavra de Deus.

Queridos Professores e Dom Moacir, que o Espírito Santo continue a sustentá-los em suas missões, e que Maria, a nossa Mãe Catequista, interceda sempre por todos nós. Que esta etapa encerrada seja apenas o começo de uma jornada, sendo dignos e humildes catequistas à serviço da Igreja e do povo de Deus. Que as sementes de amor plantadas nesta formação deem frutos abundantes na vida de todos aqueles que encontraremos em nosso ministério catequético.

Aceitem esta homenagem, repleta de gratidão. Com respeito e admiração.

Alunos da 1ª Turma da
Escola Catequética Padre Anchieta

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