Formação Permanente para Presbíteros aborda o tema da saúde mental

Nos dias 22 e 23 de outubro ocorreu a «Formação Permanente dos Presbíteros», na Casa Dom Luis, em Brodowski, com o objetivo de continuar a proposta da Pastoral Presbiteral da Arquidiocese em proporcionar momentos de formação.

Para esse encontro formativo foi convidado o Prof. Dr. Pe. Rosimar José de Lima Dias que promoveu uma profunda reflexão com a temática: “Saúde Mental do Presbítero – Desafios e Perspectivas”. O conteúdo apresentado focou na perspectiva de uma formação mais humana, que trabalhe com a fragilidade e as limitações, para que o presbítero possa descobrir até onde ir, percebendo seus gatilhos e os vários fatores desencadeadores de sofrimento e adoecimento.

Alguns assuntos pertinentes foram trabalhados, tais como: Dificuldade de reconhecer fragilidades; solidão; depressão; ansiedade; excessos de atividades; excesso de cobrança; acúmulo de trabalho; a percepção do padre como “super-homem”; Síndrome de Burnout, afetividade, dimensão do cuidado, saúde mental e espiritualidade.

Essa formação contribuiu para o aprofundamento de ferramentas e estratégias e a oportunidade de despertar nos presbíteros novas possibilidades e perspectivas de mudanças a partir da percepção que ser padre é compreender que sua humanidade não está isenta das fragilidades físicas e psíquicas. Assim, espaços como estes colaboram para a maturidade e crescimento na vida e missão do presbítero.

Deste modo, ficou claro que quanto mais frágil a estrutura psíquica, menos resistência o presbítero terá às situações e eventos estressores no seu cotidiano e nas suas relações afetivas e interpessoais, desencadeando uma instabilidade no seu funcionamento mental. Logo, trabalhar a dimensão do cuidado e do afeto dos presbíteros torna-os psicologicamente mais maduros e saudáveis. Iniciativas assim direcionam para o cultivo da saúde mental e identificam as fragilidades psíquicas.

Portanto, há muitos desafios que afligem profundamente a Igreja e os presbíteros, mas também há o reconhecimento que não faltam recursos para enfrentá-los. Depende da fraternidade presbiteral, de cada presbítero o empenho, seriedade e abertura para uma consciência da própria identidade e da missão.

Pastoral Presbiteral
Arquidiocese de Ribeirão Preto

Veja também: