Implementação do Sínodo
No dia 29 de junho de 2025 foi publicado o texto: “Pistas para implementação do Sínodo”. As presentes Pistas, elaboradas pela Secretaria Geral do Sínodo com o parecer favorável do seu Conselho Ordinário, e aprovadas pelo Santo Padre Leão XIV, inserem-se no âmbito do serviço de acompanhamento da fase de implementação do Sínodo pela própria Secretaria Geral. Elas têm uma dupla finalidade. Por um lado, pretendem oferecer às Igrejas locais de todo o mundo um quadro de referência comum que facilite o caminhar juntos e, por outro lado, promover o diálogo que conduzirá toda a Igreja à Assembleia eclesial de outubro de 2028, segundo as seguintes etapas, já comunicadas na Carta de 15 de março último:
de junho de 2025 – a dezembro de 2026: percursos de implementação nas Igrejas locais e nos seus agrupamentos;
primeiro semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas Dioceses e Eparquias;
segundo semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas Conferências episcopais nacionais e internacionais, nas Estruturas hierárquicas orientais e noutros agrupamentos de Igrejas;
primeiro quadrimestre de 2028: Assembleias continentais de avaliação;
outubro de 2028: Assembleia Eclesial no Vaticano.
O texto das Pistas, ao qual outros se seguirão tendo por base as exigências que se venham a manifestar, desenha o perfil da fase de implementação, respondendo a algumas questões fundamentais que nos últimos meses foram muitas vezes enviadas à Secretaria. Está estruturado de acordo com o seguinte esquema:
1. O que é a fase de implementação e quais são os seus objetivos? Esta é a última das três fases do Sínodo previstas nos artigos 19-21 da Constituição Apostólica Episcopalis communio (EC, 15 de setembro de 2018); ela segue a fase de consulta e escuta do Povo de Deus (realizada em 2021-2023) e a fase celebrativa, que viu acontecer as duas Sessões da Assembleia do Sínodo dos Bispos (outubro de 2023 e outubro de 2024) e completou o discernimento realizado com base na escuta do Povo de Deus.
2. Quem participa na fase de implementação? Com que tarefas e responsabilidades? A fase de implementação é um processo eclesial em sentido pleno, que envolve todas as Igrejas como sujeito da recepção do Documento Final (DF) e, portanto, todo o Povo de Deus, mulheres e homens, na variedade de carismas, vocações e ministérios com que se enriquece e nas diferentes articulações em que a sua vida se realiza concretamente (pequenas comunidades cristãs ou comunidades eclesiais de base, paróquias, associações e movimentos, comunidades de consagrados e consagradas, etc.).
2.1. A responsabilidade do Bispo diocesano ou eparquial. Precisamente por se tratar de um processo eclesial no sentido mais pleno do termo, o primeiro responsável pela fase de implementação em cada Igreja local é o bispo diocesano ou eparquial: cabe-lhe abri-la, indicar oficialmente os tempos, métodos e objetivos, acompanhar o seu desenvolvimento e concluí-la, validando os seus resultados.
2.2. A tarefas das equipes sinodais e dos organismos de participação. A experiência da fase de consulta mostrou quão valioso foi o trabalho das equipes sinodais: nomeadas e acompanhadas pelo Bispo, são instrumentos fundamentais para a animação ordinária da vida sinodal das Igrejas locais. O seu contributo será também fundamental na fase de implementação: por esta razão, as equipes existentes terão de ser reforçadas e possivelmente renovadas; as equipes suspensas terão de ser reativadas e oportunamente integradas e terão de ser formadas novas equipes onde não tenham sido previamente estabelecidas.
A nossa Conferência Episcopal, a CNBB, tem uma Equipe Nacional de Animação do Sínodo, cujos nomes foram aprovados na última reunião do Conselho Permanente em junho, se encontrou de forma online no 16 de julho, para traçar rumos para a fase de implementação do Sínodo no Brasil.
Nossa Arquidiocese aguarda as indicações da Equipe Nacional para uma maior implementação do Sínodo nesta Igreja local.
Dom Moacir Silva
Arcebispo Metropolitano
Boletim Informativo Igreja-Hoje
Agosto/2025