Os seminaristas das dioceses da Província Eclesiástica de Ribeirão Preto, e da diocese de Ituiutaba (MG), celebraram em 04 de setembro, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto, o Jubileu dos Seminaristas. O arcebispo dom Moacir Silva presidiu a concelebração eucarística, que foi concelebrada pelos bispos: Dom Eugênio Barbosa Martins, sss, da diocese de São João da Boa Vista; e Dom Valter Magno de Carvalho, da diocese de Ituitaba (MG); os padres reitores das casas formativas: Antônio Elcio de Souza (Ribeirão Preto), Richard Strazza da Silva e William de Moura (São João da Boa Vista), José Sidney Gouveia Lima (Jaboticabal), Geanine Morais Barbosa (Ituiutaba); o padre João Marcos da Silva Carvalho, vigário paroquial da Catedral; e o padre Márcio Luiz de Souza, Diretor Espiritual do Seminário Maria Imaculada. O jubileu reuniu os seminaristas das dioceses de São João da Boa Vista, Franca, Jaboticabal, Ituiutaba (MG), Arquidiocese de Ribeirão Preto, e da Congregação dos Filhos da Caridade Canossianos.
A recordação da vida lembrou da caminhada formativa, da importância da celebração do jubileu, e da esperança como orientadora da vida cristã. “Queridos irmãos e irmãs, hoje, sem dúvidas, é um dia de muito júbilo para todos nós seminaristas. Estamos aqui enquanto seminaristas, formadores e bispos da Província Eclesiástica de Ribeirão Preto, a Arquidiocese de Ribeirão Preto, a Diocese de São João da Boa Vista, a Diocese de Franca, a Diocese de Jaboticabal e com aqueles que fazem comunhão conosco: a Diocese de Ituiutaba e os Filhos da Caridade Canossianos. No último jubileu da encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, éramos crianças e muitos de nós não tínhamos nascido. E por que estamos aqui, nesta belíssima catedral, para celebrarmos a esperança? Estamos aqui para celebrarmos o Jubileu de 2025 anos da encarnação de Jesus Cristo, verbo do Pai, que caminha conosco e ao nosso lado, como amigo, nos concede a esperança como dom. A esperança é fonte que sacia, é caminho seguro. A esperança é mãe que abraça e orienta. Ter esperança é ver em todos os seminaristas um clero mais santo, um clero mais humano. Estamos, pois, aqui para marcarmos nossas vocações com a graça do jubileu e sermos irmanados de esperança.
Temos esperança de um mundo melhor, um mundo sem guerras, sem fome, sem miséria, sem exploração, sem violência. Temos esperança na civilização do amor. Diante da dor, devido ao falecimento de muitos de nossos familiares e amigos, é a esperança da ressurreição futura que nos dá força e consolo. E trazemos hoje, em nossos corações, de maneira muito especial, nosso irmão, seminarista Rodrigo Reinaldi Ribeiro do Valle, que fez a sua Páscoa em pleno ano jubilar, e hoje vive a comunhão que se almeja no sacerdócio de forma plena, unir-se ao Deus Trindade em sua perfeita unidade e comunhão. Por tudo isso, rendemos graças e louvores a Deus”.
Sermos autênticos peregrinos de esperança
Na introdução da homilia, dom Moacir, saudou os bispos, padres e seminaristas, e indicou a importância de sermos autênticos peregrinos de esperança. “Queridos irmãos, queridas irmãs, que bom estarmos reunidos aqui. Bispos, obrigado a Dom Eugênio, obrigado a Dom Walter, padres, formadores, obrigado pela presença, seminaristas muito queridos, estamos aqui para esse momento especial de graça na vida de todos e cada um de nós. A esperança não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. A esperança nasce do amor e funda-se no amor que brota do coração de Jesus, transpassado na cruz. Se de fato, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de Seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida. E a sua vida manifesta-se na nossa vida de fé, que começa com o batismo, desenvolve-se na docilidade a graça de Deus e é por isso animada pela esperança, sempre renovada e tornada inabalável pela ação do Espírito Santo. Queridos irmãos, queridas irmãs, com alegria e gratidão estamos celebrando o Jubileu dos Seminaristas, desejosos de sermos cada vez mais autênticos peregrinos de esperança. O Jubileu está aqui para que a todos seja dada a esperança, a esperança do Evangelho, a esperança do amor, a esperança do perdão. Por isso precisamos, para isso precisamos ser pessoas de esperança, peregrinos de esperança”, explicou o arcebispo.
E, ao finalizar a homilia, dom Moacir reforçou a necessidade de fortalecer sempre a esperança e a confiança do Senhor. “O Conselho Ecumênico Vaticano II afirma, se falta um fundamento divino e a esperança da vida eterna, a dignidade humana é gravemente lesada, como tantas vezes se verifica nos nossos dias, e os enigmas da vida e da morte, do pecado e da dor ficam sem solução, o que frequentemente leva os homens ao desespero. Enquanto, em virtude da esperança na qual somos salvos, vendo passar o tempo, temos a certeza de que a história da humanidade e a de cada um de nós não correm para uma meta sem saída, nem para um abismo escuro, mas estão orientados para o encontro com o Senhor da Glória. Por isso vivemos na expectativa do seu regresso e na esperança de vivermos nele para sempre. É com esse espírito que fazemos nossa, aquela comovente invocação dos primeiros cristãos com que termina a Sagrada Escritura. Vem Senhor Jesus! Por fim, nos deixemos atrair pela esperança, consentindo-lhe que, por nosso intermédio, se torne contagiosa para quantos a desejam. Possa nossa vida dizer-lhes, confia no Senhor, se forte e corajoso, e confia no Senhor. Que a força da esperança enche o nosso presente, aguardando com confiança o regresso do Senhor Jesus Cristo, a quem é devido o louvor e a glória, agora e nos séculos futuros. Amém”.
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