Missa e encontro em Aparecida celebram os 50 anos da Pastoral Carcerária Nacional
O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, acolheu nos dias 27 e 28 de agosto, o Encontro Celebrativo e a Missa em Ação de Graças pelos 50 anos da Pastoral Carcerária (PCr), comemorados em 2022. Mais de 500 romeiros e romeiras estiveram em Aparecida, onde também participaram de um encontro no sábado (27) e da missa no domingo (28). A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Ribeirão Preto marcou presença com a participação dos seguintes representantes: o coordenador arquidiocesano, Samuel Melo, sua esposa Adriana Melo, Lucimélia Albuquerque e Padre João Rípoli.
Encontro, história, testemunho e homenagens
No sábado (27) os romeiros e romeiras, personalidades históricas da PCr, familiares de pessoas presas e sobreviventes do cárcere, se encontraram no auditório Padre Noé Sotillo, no subsolo do Santuário, para o encontro celebrativo dos 50 anos da Pastoral Carcerária, onde foram acolhidos por Irmã Petra Silvia Pfaller, religiosa das Irmãs Missionárias de Cristo, e coordenadora nacional da Pastoral Carcerária. De acordo com levantamento da Pastoral Carcerária Nacional, atualmente estão cadastrados 5,1 mil agentes pastorais: 3,1 mil são mulheres; 4,2 mil são leigos e leigas, e 2,3 mil estão entre 50 e 70 anos. A mística e a espiritualidade, o testemunho, a missão dos agentes, a recordação histórica dos trabalhos da Pastoral Carcerária, os avanços e os desafios, e também homenagens sensibilizaram os romeiros e romeiras comprometidos com a ação evangelizadora no cárcere.
Entre os homenageados estava presente o padre João Rípoli, 86 anos de idade, e que completará no mês de outubro 56 anos de visitas aos cárceres na região de Ribeirão Preto, antes mesmo da criação da Pastoral Carcerária, juntamente com o apoio do monge beneditino, Dom Agostinho Marcelo Duarte Oliveira, OSBOliv. (coordenador nacional da Pastoral Carcerária no período de 1976 a 1982); e padre Gisberto Antônio Pugliesi, ambos não puderam participar devido à idade avançada, mas colaboraram nas visitas aos encarcerados e acompanhamento aos familiares dos mesmos.
Missa no altar central do Santuário
A eucaristia no domingo (28) foi presidida por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Após a iniciação, representantes da Pastoral Carcerária entraram no santuário, carregando a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Após a liturgia, Dom Orlando, arcebispo de Aparecida, passou a presidir a cerimônia, e saudou os agentes da Pastoral Carcerária pelo seu jubileu de ouro. Ele falou sobre o amor ágape, e usou como exemplo os agentes da PCr, afirmando que infelizmente os católicos têm medo dessa Pastoral, mas é com ela que deveriam dar o testemunho do ágape e levar a catequese a um ambiente tão difícil como o das prisões.
Dom Orlando comentou que, segundo Irmã Petra, coordenadora nacional da PCr, a Pastoral perdeu muitos agentes durante a pandemia, e incentiva novas pessoas a se comprometerem com a missão, lembrando que a recuperação de uma pessoa é possível e que o cristianismo é uma história de encarceramento.
“Nós aqui diante da mãe Aparecida, pensando de modo especial na mulher, ó mãe tu sabes bem o que é ter um filho perseguido, flagelado, injustiçado, injustamente processado, e um filho torturado e executado na cruz, dai mãe querida a todos nós católicos, essa graça de sermos mais corajosos e participantes da Pastoral Carcerária”, enfatizou o arcebispo.
A data também marcou a 50ª assembleia da CNBB, em Aparecida. Estavam presentes, além de Dom Jaime: Dom Donizete, bispo auxiliar de Cascavel; Dom Adilson, bispo auxiliar de Porto Alegre e da Pastoral Carcerária; Dom Bertilo, bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre; Dom Peruzzo, arcebispo de Curitiba; e Dom Darley, bispo auxiliar de Porto Alegre.
Com informações (texto) da Pastoral Carcerária Nacional e Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Ribeirão Preto
Fonte: https://carceraria.org.br