Na missa da Quarta-feira de Cinzas Dom Moacir recomenda aos fiéis viver intensamente a espiritualidade quaresmal

Missa na Catedral com o rito da imposição das Cinzas marcou o início do Tempo da Quaresma

Na Quarta-feira de Cinzas, 22 de fevereiro de 2023, o arcebispo metropolitano de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva, presidiu na Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto, a Missa com o rito da bênção e a imposição das cinzas, dando início ao Tempo Quaresmal. Na ocasião estiveram presentes os reitores e seminaristas dos Seminários: Propedêutico Bom Pastor e Maria Imaculada (Brodowski). Concelebraram os padres: Marcus Vinícius Miranda, Reitor do Seminário Propedêutico Bom Pastor, e Antônio Élcio de Souza (Pitico), reitor do Seminário Maria Imaculada e Mestre de Celebrações do Sólio; e serviu nas funções litúrgicas o diácono Áureo João Nunes Ribeiro.

Recordação da Vida: O texto da Recordação da Vida trouxe o sentido e o espírito da celebração levando os fiéis a compreenderem melhor a vivência do tempo quaresmal. “A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas recorda-nos nossa condição de mortais: ‘Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de voltar’. Com esta celebração da Quarta-feira de Cinzas entramos decididamente na Quaresma, a parte de preparação do Ciclo Pascal. Ao fazê-lo, acolhemos generosamente o programa que a Igreja nos entrega para o realizarmos nesta caminhada que nos levará até a Ressurreição. Abramos generosamente as portas do nosso coração, para que, desde o primeiro momento, o Senhor possa tomar posse da nossa vida. Intensificamos a oração, o jejum e a caridade como sinais de conversão e de uma busca mais profunda do Deus da vida fazendo da quaresma um tempo mais intenso para exercitar e viver a caridade por meio da Campanha da Fraternidade. Serão quarenta dias de intensa escuta do Senhor, de jejum, de prática da caridade para que possamos viver plenamente com Ele a Páscoa”.

Homilia: No início da homilia, o arcebispo Dom Moacir, prescreveu aos fiéis a importância de viver o tempo quaresmal como oportunidade para aprofundamento da Palavra de Deus, tempo de conversão e mudança de vida, reconciliação com Deus e os irmão, em preparação para a Páscoa. Dom Moacir ainda citou a mensagem enviada pelo Papa Francisco aos brasileiros por ocasião da Campanha da Fraternidade 2023 que trata do tema: “Fraternidade e Fome” e tem o lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), e citou o pontífice: “Queridos irmãos e irmãs do Brasil! É meu grande desejo que a reflexão sobre o tema da fome, proposta aos católicos brasileiros durante o tempo quaresmal, leve não somente a ações concretas – sem dúvida, necessárias – que venham de modo emergencial em auxílio dos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.

Ao meditar o texto do Evangelho (Mt 6,1-6.16-18), Dom Moacir fez referência a vivência das práticas quaresmais da oração, esmola e jejum. “No Evangelho, somos convidados por Jesus Cristo a assumir, com fidelidade, as obras de justiça para com o outro, por meio da esmola (caridade, partilha dos bens); assumir as obras de justiça para com Deus por meio da oração; assumir as obras de justiça para consigo mesmo por meio do jejum. Através dessas três obras de piedade da época de Jesus, São Mateus mostra a oposição entre a prática de Jesus e a prática dos fariseus e escribas. Enquanto para escribas e fariseus tais práticas são a expressão da observância da Lei em vista de uma recompensa, mesmo que não corresponda a uma atitude interior, para Jesus estas três práticas simbolizam fidelidade a Deus. A prática de Jesus deve ser a nossa prática no dia a dia”, enfatizou o arcebispo.

E, dom Moacir ainda acrescentou: “A respeito das orientações de Jesus, lembra o Papa Francisco: Jejuar, isto é, aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de “devorar” tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração. Orar, para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia. Dar esmola, para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence”, destacou o arcebispo.

Ao finalizar a homilia conclamou os fiéis a viver a oração e o testemunho neste período quaresmal. “Com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, meus irmãos e minhas irmãs, a Igreja inicia o ciclo pascal que tem como tempo preparatório a Quaresma. Somos convidados a entrar na dinâmica pascal de passagem da morte para a vida, das trevas para a luz, do egoísmo e do pecado para a vitória da ressurreição. Por isso, pedimos na primeira oração desta missa para que a penitência quaresmal nos fortaleça contra o espírito do mal”, concluiu dom Moacir.

Ritual das Cinzas: Após a homilia, o arcebispo presidiu o rito de bênção das cinzas (oração e aspersão), e na sequência ocorreu o gesto ritual de imposição das cinzas a todos os presentes dizendo a cada um: “Convertei-vos e acreditai no Evangelho” (Cf. Mc 1, 15).

Seminaristas: Antes da bênção final, os reitores dos seminários arquidiocesanos fizeram a apresentação dos seminaristas das casas formativas: Seminário Propedêutico Bom Pastor e Seminário Maria Imaculada, sediadas em Brodowski. Neste ano de 2023 o Seminário Propedêutico Bom Pastor conta com 4 seminaristas, sendo 2 da Arquidiocese de Ribeirão Preto e 2 da Diocese de Jaboticabal. O Seminário Maria Imaculada conta 20 seminaristas, sendo 14 na etapa do Discipulado (Filosofia) e 6 na etapa da Configuração (Teologia).

Texto e Fotos: Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de Ribeirão Preto

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